A Gorda A Gorda , de Isabela Figueiredo, apresenta-se como uma interessante e inesperadamente leve experiência de leitura que me transportou para as memórias de Maria Luísa: uma mulher de meia-idade que nos conta várias narrativas sobre diferentes âmbitos da sua vida. Este primeiro romance da autora cativou-me pela sua linguagem simples e honestidade despretensiosa. Hoje conto-vos porquê. A estrutura do romance aproxima-se à de um diário ou à de um livro de memórias, sendo contado na primeira pessoa. Os títulos de cada um dos capítulos correspondem a diferentes divisões da casa, que por sua vez se relacionam com as diversas temáticas que Maria Luísa decide discutir em cada uma. As histórias que nos conta são episódicas e muitas vezes interrompidas, dando espaço para novos eventos para, mais tarde, serem retomadas — tal como a nossa memória habitualmente o faz. Nestas histórias ficamos a conhecer o grande amor da vida da personagem, a sua relação com os pais, a forma como lidava com o p...
Conheça um pouco melhor os interesses e a imaginação que habitam a Escrivaninha.