Dicas para escrever uma carta de motivação eficaz
Escrever uma boa carta de motivação para nos candidatarmos ao emprego que tanto almejamos pode não ser tarefa fácil. Afinal, por onde começar? Qual a extensão ideal do texto? A quem o dirigir? Qual o tom ideal da carta? Que tipo de linguagem usar?
Muitas são as perguntas que nos assaltam no momento de escrever esse texto que funciona como a nossa primeira apresentação, acabando por consistir também numa breve argumentação de porque é que devemos ser nós, e não outros, os felizes contemplados com o emprego em questão.
Se este é um texto que pode determinar o nosso futuro profissional, devemos, obviamente, dedicar-lhe tempo e atenção — o que não significa (atenção!) que escrevamos imenso. Pelo contrário!
É, sim, essencial depurar e polir o texto — pelo que entre uma página a uma página e meia de parágrafos curtos deve ser suficiente para passar, de forma sucinta, por todos os tópicos que abaixo referimos.
Conheçamos, então, a estrutura da carta de motivação, já que há alguns pontos que ela deve contemplar.
São eles:
São eles:
1) A saudação. Dirigir a carta a uma pessoa ou entidade específica (por exemplo, alguém num cargo de direcção ou, então, à instituição/empresa a que te candidatas), numa saudação do género: «Caro(a)/ Exmo/a Coordenador(a/) Director».
2) A apresentação. Integrar a apresentação de quem és, indicando a tua formação académica e experiência profissional, sobretudo aquela que for relevante para o cargo a que te estás a candidatar. Claro que, à partida, terás mais oportunidades de conseguir o lugar se os empregadores detectarem uma certa coerência e alguma relação ou vínculo entre os teus estudos/experiências laborais e a posição a que candidatas.
3) O corpo do texto: a 'justificação'. Esclarecer a razão da tua candidatura: afinal, porque te candidataste a este emprego? Quanto mais genuína for a tua vontade de conseguir esse emprego, mais fácil será demonstrá-lo numa frase — sim, neste tipo de texto a sinceridade ‘topa-se a léguas’, a não ser que sejas um verdadeiro poeta e um exímio fingidor! Aqui poderás demonstrar (brevemente) porque é que este emprego é realmente importante para ti e porque é que vai ao encontro dos teus gostos e interesses pessoais e profissionais. É, por isso, fulcral que personalizes a resposta a esta posição específica. Portanto, não vale utilizar coisas gerais que poderiam estar numa outra carta de motivação, já que é essencial que quem a leia sinta que estás, de facto, a candidatar-te com todo o teu empenho àquele emprego naquela instituição/empresa e não noutra.
4) O corpo do texto: a argumentação. Dar argumentos para que o empregador veja em ti o candidato ideal. Como? Estabelecendo uma ligação entre o que foi dito anteriormente, na secção 3), e adicionando as características — algumas pessoais, mas sobretudo profissionais — que constituem vantagens que podes trazer para a posição em questão. Mas, calma! Isto não significa que enumeres uma longa lista das tuas qualidades pessoais e profissionais (ainda que as tenhas). Afinal o captatio benevolentiae — isto é, a tua capacidade de captar a empatia do teu leitor — é essencial para convenceres o leitor-empregador. Por isso, diz das tuas qualidades mas mantém a humildade.
6) A despedida e assinatura. Despedires-te com as formalidades devidas é fundamental. Por exemplo: «Cordialmente/ Com os meus melhores cumprimentos» e, claro, assinando o teu nome — que, esperemos, fique na memória do empregador.
Quanto à linguagem, deves optar por um estilo:
· objetivo e conciso — indo directo ao assunto e sem divagar (pesa cada palavra antes de a escrever);
· formal — evitando expressões coloquiais, características da oralidade — e, claro, evitando também um discurso demasiado pessoal e sentimental. Foge de frases do tipo: «Este é o emprego dos meus sonhos»; «Desde pequeno que pretendo trabalhar na vossa empresa». Estás a candidatar-te a um emprego e não a pedir encarecidamente um favor à tua fada madrinha. Por isso, apela ao teu bom senso quando abrires o documento word para escreveres a tua carta de motivação.
É também essencial que revejas o texto para garantires que nenhuma gralha ou erro deita tudo por água abaixo. Se o cargo a que te candidatas for na área das Humanidades, é ainda mais importante que o texto seja irrepreensível.
Lembra-te: um bom texto pode ajudar-te a conquistar a posição que tanto ambicionas! E se precisares de ajuda, não hesites em contactar a Escrivaninha :)
Escrivaninha
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