Se há coisa de que gosto no Natal — e que tendo a dar como certa nessa época do ano — são as cores. As cores persistem na minha vida desde sempre. As das lombadas dos livros meticulosamente encaixados nas estantes da minha infância, as das folhagens que cobriam o quintal, as das tintas com que, cedo, a minha mãe consentiu que pintasse o cabelo, e as das luzes que, no Natal, iluminavam a casa. Como toda a gente, várias vezes julguei que me faltava muita coisa — é assim quando se é jovem e não sabe o que se tem. Mas cores, essas sempre as tive. Desde os meus dez anos que o Natal foi passado um ano em casa, no conforto da família, e um ano numa qualquer cidade do mundo a que os meus pais me quiseram apresentar. Primeiro Londres, depois Madrid, Paris, e até Marraquexe. Em 2012, a escolha recaiu sobre Roma, porque à data eu vivia mergulhada em sebentas de Cultura Romana na Faculdade de Letras e estava certa de que, ali, perceberia tudo quanto não sabia ler nas entrelinhas....
Conheça um pouco melhor os interesses e a imaginação que habitam a Escrivaninha.